Com certa frequência, encontramos pelas ruas e avenidas carros completamente destruídos pelo fogo. E as causas que levam os veículos a serem consumidos pelas chamas são as mais variadas, desde problemas mecânicos até fatores externos.
Todas, no entanto, têm grandes chances de serem mitigadas. Para que você não corra nenhum risco, Autoesporte separou cinco situações em que o carro pode pegar fogo, levando, em alguns casos, à perda total.
Mangueiras de alimentação ressecadas ou mal encaixadas após a realização de uma manutenção técnica no veículo podem ocasionar vazamento de combustível. Este vazamento, por sua vez, pode fazer com que a gasolina ou o etanol entre em contato com partes quentes do carro e provoque o início de um incêndio.
Para evitar que isso aconteça, a recomendação é realizar as manutenções periódicas recomendadas pelos fabricantes, utilizar apenas oficinas mecânicas de confiança e procurar uma assistência técnica especializada, caso esteja sentindo cheiro de combustível dentro do veículo. Atenção especial também com a qualidade do combustível, que além de aumentar o consumo (e poder causar a quebra do motor), pode também danificar o tanque e outros componentes do sistema, provocando vazamentos.
Instalar aquele acessório mais barato, mas que não é um produto homologado pela fabricante do carro, pode ser o estopim para o início de um incêndio. Em alguns casos isso acontece pelo fato de o equipamento, seja uma central multimídia, módulo de som ou mesmo um aparelho de ar-condicionado, exigir mais corrente da bateria.
Quando o assunto é acessórios, o fogo pode começar também pela qualidade ruim da instalação. “Um farol de neblina posicionado incorretamente, por exemplo, pode entrar em contato com o plástico do para-choque e, desta maneira, iniciar um incêndio”, explica João Irineu, Diretor de Segurança Veicular e Conectividade da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). A instalação malfeita, deixando fios desencapados, também é um prato cheio para o fogo.
Para não ter problemas ao instalar um equipamento novo, evite produtos não homologados pela fabricante do veículo e sempre procure concessionárias ou lojas reconhecidas pela qualidade dos serviços prestados.
Pane elétrica também pode ocasionar o incêndio do carro por conta de chicotes mal conservados, fios desencapados ou mesmo a caixa de fusíveis do veículo em condições precárias. Para evitar este problema é importante estar com a manutenção preventiva em dia. O cheiro de queimado no interior do veículo pode ser um sinal de que algo está errado.
Problemas com o sistema de arrefecimento do motor podem ocasionar um incêndio, também. A falta do líquido que refrigera o motor faz com que o propulsor trabalhe em temperaturas mais elevadas, aumentando consideravelmente as chances de o motor fundir. Isso pode rachar o bloco, provocando vazamentos de substâncias – fluidos e combustível – que podem começar um incêndio ao entrar em contato com partes quentes do carro.
A melhor maneira de impedir que o superaquecimento do motor ocorra é ficar atento ao nível do líquido de arrefecimento do motor e também de olho no painel de instrumentos para monitorar a temperatura do sistema. Qualquer sinal de que algo possa estar errado, pare o carro.
Fatores externos também podem iniciar um incêndio. Um exemplo clássico é quando, ao parar no acostamento, por exemplo, o motorista deixa o veículo sobre a grama e as palhas ressecadas entram em contato com partes incandescentes do veículo, como o motor ou escapamento, e então o fogo tem início.
Fique atento também ao passar por locais em que a rua está muito suja, pois elemento inflamáveis, como papel ou papelão, podem ficar presos sob o carro e iniciarem um incêndio por conta do contato com peças quentes do veículo. As enxurradas das chuvas também podem fazer com que materiais inflamáveis fiquem presos embaixo do carro. Por isso, atenção redobrada nos períodos em que as chuvas são mais frequentes.
Fonte: Auto Esporte